EDITORIAL | NOVEMBRO 2023

Nascida há cerca de um ano, a Magazine chega agora à sua quinta edição, a fechar 2023 e já a pensar em 2024. Na primeira edição, escrevia eu que esta seria «um “armazém” de informação, pegando no sentido original desta palavra, a mais utilizada em revistas de todo o mundo. O árabe Makhzâzan (armazém) evoluiu para Magasin em francês e Magazine em inglês.» Justificava assim, com o necessário contexto, a simplicidade do seu nome.

Seguiu-se a segunda edição, em finais de 2022. Lembrava então que era o «tempo de balanços e listas de escolhas que» iam inundando «as várias publicações e também os posts das redes sociais. No nosso caso, o tempo é ainda de enorme expectativa, pelo que deixaremos esse balanço para daqui a um ano, dobrado que estará o nosso primeiro aniversário.» Aqui chegámos, a fechar um pentágono de edições, num ano cheio de instabilidade, palavra da qual não nos conseguimos livrar.

Neste competitivo universo editorial de divulgação empresarial, institucional, regional e nacional, este é um projeto que continua, à imagem das nossas empresas, a resistir a todas as vicissitudes externas.

Resistir e criar são dois temas correlacionados. Para se ser criativo e não deitar ao cesto dos papéis todas as nossas criações, é também necessário ser perseverante e resistir muito bem à crítica. Steve Jobs utilizava muitas vezes este exemplo, vastamente citado: “Reúna dez pessoas inteligentes numa sala e uma ou duas serão criativas, duas serão ótimas para resolver problemas e as restantes serão críticas. Mantenha os criativos longe dos críticos.”

Claro que é também do fundador da Apple esta outra famosa citação: “Se quer deixar toda a gente feliz, não seja um líder, vá vender gelados.” Alcançar o sucesso não é fácil, e ser líder requer coragem, sobretudo nos momentos difíceis. Todos gostaríamos de comunicar só boas notícias aos que nos rodeiam. Os maiores empresários e gestores de recursos humanos sabem bem o que isso significa.

Sobre o trabalho (longo e duro) que dá gerir um negócio, Bill Gates destacava a disciplina necessária para tornar os seus sonhos realidade. E alertava para que os candidatos a empreendedores não caíssem na armadilha da narrativa da criação do próprio emprego como algo “excitante e fácil”, ideia muito alimentada pela ficção televisiva. A conclusão do fundador da Microsoft dá-nos uma imagem muito reveladora: “a televisão não é a vida real. Na vida real as pessoas têm de deixar os cafés e ir para os seu empregos.”

As frases inspiradoras não têm de ser todas otimistas. Só com realismo, trabalho e soluções para os problemas é que o futuro pode sorrir. Que assim seja em 2024.