“A nossa principal preocupação não são os rankings de artigos e citações, são a satisfação dos nossos estudantes e a sua empregabilidade”
Situado naquela que é conhecida como a “cidade dos estudantes”, o IP Coimbra tem portas abertas desde 1979 e, aos dias de hoje, é uma das principais instituições de ensino superior do nosso país. Jorge Conde, Presidente do IP Coimbra, falou à Magazine sobre o cariz diferenciador desta instituição, bem como dos processos de internacionalização e sustentabilidade que estão em marcha.
Qual a oferta formativa que o IP Coimbra oferece aos seus estudantes?
Oferecemos uma diversidade de cursos, onde facilmente o estudante encontra o que pretende. O panorama nacional de cursos a mais e de nomes pouco claros pode induzir uma escolha errada, mas fazemos os possíveis para termos ofertas claras e de muita qualidade que cubram todas as áreas científicas.
De que forma a sua instituição de ensino se destaca e diferencia das restantes do país?
Fazemos um ensino de proximidade, de aplicação prática e, queremos crer, de qualidade. Os nossos professores, tendo percursos de relevância na área científica, priorizam a disponibilidade para os estudantes e a inovação pedagógica. A nossa principal preocupação não são os rankings de artigos e citações, são a satisfação dos nossos estudantes e a sua empregabilidade. É por isto, e porque nos preocupamos com a educação dos nossos, com oportunidades na cultura, no desporto, no empreendedorismo, na investigação e inovação e no intercâmbio internacional, que somos uma boa escolha.
O IP Coimbra sempre teve uma relação de grande proximidade com a cidade de Coimbra e as suas gentes. A sua instituição assume-se como um dos principais motores económicos, sociais e educativos da cidade?
Somos, sem dúvida, tudo isso, mas num âmbito regional. Para nós, mais do que a inserção na cidade, conta a inserção regional, com escolas e polos espalhados no território, estratégia que começa agora a ser copiada por outros. E foi precisamente com esse objetivo que criámos há pouco tempo uma associação com quase duas dezenas de associações empresariais visando ajudar a diagnosticar e a resolver problemas às empresas do território.
De que forma a procura de protocolos internacionais e a internacionalização da própria marca “IP Coimbra” é um dos pilares da vossa ação? T
emos dado passos de grande relevo. A criação da Universidade Europeia “UNIgreen”, a primeira aliança de ensino superior que tem como tema principal o verde, a sustentabilidade, o biológico e que pretende ser um motor europeu no ensino e na investigação destes temas é um bom exemplo. Depois, realizamos protocolos de colaboração com universidades de todos os continentes, que permitem a circulação de professores, técnicos e estudantes que vão ensinar e aprender em novos horizontes.
Dois dos grandes estandartes do IP Coimbra são a sua forte vertente em II&D e o seu comprometimento com a busca de projetos que visam a sustentabilidade ambiental. Fale-nos um pouco sobre estes domínios tão importantes na ação do IP Coimbra para a sua comunidade.
Aqui tratamos a sustentabilidade por “tu”. Tudo o que fazemos desde há, pelo menos, seis anos visa sermos, ensinarmos e influenciarmos uma sociedade verde, capaz de induzir à nossa escala um novo rumo para a agenda climática. Se há algo que ainda não fizemos, estamos a fazer, ou planeamos fazer, melhorando diariamente a nossa ação pelo ambiente e pelo clima.
Quais as principais metas a curto/médio prazo para o futuro do IP Coimbra?
Estamos a trabalhar para que, no curto prazo, possamos contar com cerca de 8 centros de investigação que permitem que todos os investigadores do Politécnico desenvolvam a sua ação internamente, ainda que todos sejam centros em parceria com outras instituições. Queremos ser capazes de, no médio prazo, oferecer pelo menos 3 ciclos de doutoramento em áreas distintas. E queremos continuar a crescer na diversidade dos públicos que captamos e num ensino cada vez mais próximo das respostas que o mundo institucional e empresarial exige. Hoje, mais do que transferir conhecimento, importa criá-lo com aqueles que o aplicam e transformam.